Frase

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).
São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O confisco dos filhos pelo Estado

Autor: Marcos Luiz Garcia   |   15:29   3 comentários

O neném, de um ano, gatinha pela sala desbravando novos mundos que lhe vão ampliando o conhecimento, aproveitando o descuido dos adultos engajados em animada conversa. Após alguns metros de percurso, dois buraquinhos numa tomada lhe atiçam a curiosidade.

O que será isso? É a pergunta que lhe vem ao espírito, imersa, é verdade, na nebulosidade mental própria à sua muito tenra idade. Que tal enfiar ali o dedo para apalpar e compreender do que se trata?

Zeloso, por uma segunda natureza, o olhar materno detecta a situação que ameaça o juveníssimo e intui a iminência de um acidente. Célere, ainda sentada, a mãe procura evitar o perigo.

Nãããooo. Não coloque o dedinho aí que você leva um choque.

Estacando e voltando seus olhos para a mãe, sem compreender direito, mas intuindo as palavras de advertência, olha de novo os buraquinhos da tomada e volta a olhar a fisionomia vigilante da mãe.

 Desagradado pela interrupção da sua exploração, sobretudo movido pela curiosidade que o domina, o neném resolve continuar sua investida. Volta-se para os buraquinhos decidido a introduzir num deles o dedinho. Nova advertência, nova parada, nova recusa, nova tentativa.

A curiosidade invencível não o abandona, e ele não cede. “Vou colocar meu dedinho no buraquinho.” Resolve e avança.

Percebendo que suas advertências foram insuficientes, a mãe opta por empregar um recurso que poupe ao filho querido um desastre e lhe grave eficazmente o ensinamento na memória. Dá-lhe uma ponderada, mas não fictícia, palmada.

O neném chora (um choro nem sempre isento de tática psicológica), porém mais por perceber o desagrado da mãe do que pela dor do golpe.

Durante ulterior incursão, vê-se de frente aos dois buraquinhos. Vem a curiosidade, vem o desejo de introduzir o dedinho, mas vem também a lembrança da palmada. Ele desiste e se resigna a não introduzir o dedinho. Continua o seu caminho, ileso.

Por que ele conseguiu não colocar o dedinho na tomada?

A atitude da mãe indicando reprovação e zelo, somada à palmada (punição pela desobediência), deram-lhe uma força de auto domínio que ele não tinha. Além de incutir um senso de justiça verdadeiro, embora muito elementar.

Bendita palmada que, sendo equilibrada e justa, ajudou o pequeno a dominar-se e a vencer-se a si próprio.
Bendita a mãe que soube formar o seu filho ensinando-o a dominar-se e a dizer não a si mesmo, pois sem isso é impossível viver bem e ser bom. Esta mãe amou o seu filho.

Ninguém tem condições mais privilegiadas para fazer isso do que a mãe e o pai, no âmbito do lar. O governo jamais conseguirá proporcionar aos pequenos um ensinamento de tal qualidade, tão eficaz.


A lei contra as palmadas (PL 7.672/2010), que voltou a ser discutida na Câmara este mês, introduz dentro de casa um “olhar soturno do governo” que ficará perpetuamente entre os pais e a criança como um protetor dela contra eles. Criará a impressão de que, no fundo, os pais são maus e o Estado é bom. Salta aos olhos que o verdadeiro dono dos filhos será o Estado.

Pasmo ao imaginar que o Estado, favorável ao aborto, vira protetor dos filhos contra os pais!

Aliás, já existem leis preconizando a permanência dos filhos doze horas na escola logo a partir dos 3 ou 4 anos de idade. É a formação estatal, comunitária, igualitária, que torna a família desnecessária e a transforma em mera “chocadeira” para novos cidadãos.

Assim, o ditatorial PNDH 3 vai sendo executado sub-repticiamente visando jogar o Brasil no comunismo mais radical. Não nos iludamos, estamos na rampa para o abismo.

É preciso ser herói e não deixar-se arrastar.

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3 comentários:

Sou a favor da palmada e faço usa dela.
O exemplo do texto deveria ser trocado, pq uma mãe zelosa mesmo, coloca protetor nas tomadas ainda grávida, bom, ao menos eu coloquei!

Parabéns Sr. Marcos. Mais um brilhante artigo. Vamos pressionar a deputada relatora para que ela arquive no lixo esse projeto de lei 7.672/2010 que atenta contra o pátrio-poder.

Salve Maria!

Uma visão transparente e lúcida de como caminhamos. Apenas os mais conscientes e racionais são sensíveis a tais argumentos. Assim se desmonta a sociedade! Começam destruindo os pilares de sustentação, no caso, a família; o resto desaba depois. Daí aparecerá um "salvador da pátria" e imporá suas ideologias.