Frase

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).
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São Paulo, segunda-feira, 8 de julho de 2013

Mais de 35 mil irlandeses protestaram contra o aborto em Dublin

Autor: Edson   |   10:34   Seja o primeiro a comentar


No último sábado (6/7/2013), mais de 35 mil pessoas protestaram nas ruas da capital da Irlanda, Dublin, contra o projeto lei do atual governo que visa ampliar as formas de aborto permitidas no país.

O projeto deve ser votado nesta semana, provavelmente na noite de quarta-feira. Os manifestantes exigem que o primeiro-ministro, Enda Kenny, revogue a votação, embora o governo já tenha informado que o mesmo deve ser aprovado.

Com a decisão da Suprema Corte, em 1992, de que a constituição irlandesa protege o direito da mulher grávida à vida, a legislação tornou-se confusa quanto a questão da legalidade da prática do aborto em uma situação de gravidez de risco e o atual governo pretende acabar com a ambiguidade decidindo tornar oficialmente legal o assassinato de bebês nesse caso.

São Paulo, sábado, 6 de julho de 2013

Manobra legislativa na Costa Rica para aprovação do "casamento" homossexual

Autor: Edson   |   12:49   1 comentário

Manrique Oviedo pediu para que a presidente Laura Chinchilla vete o projeto aprovado.
O Legislativo da Costa Rica aprovou, na segunda-feira (1º), uma ambígua mudança legislativa que modifica o código de direito familiar e dá margem a uma interpretação que permite o "casamento" homossexual.

Na nova legislação todo casamento para a ser reconhecido desde que não haja "discriminação contrária à dignidade humana". Muitos deputados entrevistados não sabem dizer ao certo o que exatamente aprovaram.

O congressista Manrique Oviedo disse que foi enganado ao votar favorável a mudança da lei e pediu que a presidente Laura Chinchilla não sancione o projeto aprovado para evitar que um "acidente" seja responsável pela legalização do "casamento" homossexual na Costa Rica.

O deputado esquerdista José María Villalta afirmou que os não houve engano na votação, mas que apenas alguns aprovaram o projeto e se não perceberam a formulação do texto foi “pelo simples fato de não ter lido a nova lei” e que, sem querer ou não, agora esta nova redação na prática abre "a porta para o reconhecimento dos direitos dos casais do mesmo sexo".

São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 2013

Rainha Elizabeth II abre sessões do Parlamento

Autor: Edson   |   12:49   3 comentários

Rainha Elizabeth II abre sessões do Parlamento

No dia 8 de maio de 2013, a Rainha Elizabeth II abriu o Parlamento em Westminster Palace, Londres.



Rainha Elizabeth II abre sessões do Parlamento

Rainha Elizabeth II abre sessões do Parlamento

São Paulo, quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Quatorze ativistas católicos podem ser sentenciados à morte no Vietnã

Autor: Edson   |   12:18   2 comentários


Eles são acusados de subversão por exporem na Internet a corrupção no partido comunista e no governo. O julgamento está sendo realizado num momento de baixa cobertura midiática para evitar críticas da comunidade internacional. Em setembro, o primeiro-ministro Tan Dung lançou uma campanha contra ativistas e blogueiros, reiterada por ele em 17 de dezembro. A católica Maria Ta Phong Tan está entre os que correm risco. Em 2012, 40 ativistas e blogueiros foram presos.


Por Joseph Dang

Hanoi (AsiaNews, 31-12-2012) – Um grupo de católicos ativistas de direitos humanos poderia ser sentenciado à pena de morte. Em 6 de janeiro, seus membros irão a julgamento por subversão, acusados de violar o artigo 79 do Código Penal do Vietnã:

“Realização de atividades destinadas a derrubar o governo do povo”, o que pode acarretar a pena de morte. As 14 pessoas são: Ho Đức Hòa, Djang Xuan Dieu, le van Son, Nguyen Van Duyệt, Nguyen Van Oai, Anh Nguyen Xuan, Ho Văn Oanh, tailandês Văn Dung, Tran Minh Nhat, Nguyen Đình Cuong, Nong Hùng Anh, Djang Thi Ngoc Minh, Nguyen Minh Djang homem, e Nguyen Vinh Phuc Djang.

Para os católicos locais, o julgamento não só é vergonhoso e falho em defender os direitos humanos, mas vem na época do Natal, quando a atenção da mídia internacional é a mais baixa.

O momento não é por acaso e destina-se a limitar as críticas da comunidade internacional.

Os processos judiciais são parte da repressão do primeiro-ministro Nguyen Tan Dung contra blogueiros e críticos que têm exposto a corrupção no Partido Comunista e do governo, bem como aqueles que ficaram ricos com a crise financeira.

Como parte desta campanha, as forças de segurança têm como alvo muitos usuários de Internet.

Além disso, durante uma conferência nacional de segurança pública em 17 de dezembro, em Hanói, Dung ordenou à polícia "que evitasse a formação de organizações políticas de oposição".

A lista de violações inclui a prisão de Le Quoc Quan, conhecido advogado católico e defensor dos direitos humanos, que foi detido na última quinta-feira sob acusação de evasão fiscal.

Mártires históricos do Vietnã
Ele foi preso quando estava levando sua filha para a escola, informou a imprensa estatal. Desde que começou a defender os direitos humanos no tribunal e em seu blog, Le Quoc Quan foi expulso e assim não pode exercer a advocacia.

O Pe. Le Quoc Thang, secretário da Justiça e do Comitê de Paz do Conselho Episcopal do Vietnã, expressou preocupação com relação ao assédio repetido contra o advogado Le Quoc Quan, membro daquele conselho, e outros ativistas católicos.

"Estamos profundamente tristes com as ações do governo do Vietnã", disse o padre Le Quoc Thang. "Eles alegam o Vietnã está sob o domínio da lei, mas seu comportamento não está de acordo com a lei".

Na sexta-feira, um tribunal em Saigon condenou Nguyen Van Hai (blogueiro conhecido como Dieu Cay), Maria Ta Phong Phan Thanh e Tan Hai a longas penas de prisão.

Uma católica, Maria Ta Phong Tan postou "Justiça e Verdade" em seu blog. Mas pagou caro por suas ações, pois sua mãe pôs fim à própria vida ateando-se fogo diante da sede do Comitê Popular, no Bac Lieu.

Em seu site, os redentoristas vietnamitas acusaram a polícia de maltratar Maria Ta Phong Tan durante a sua detenção.

Nossa Senhora de La Vang, Vietnã
Nossa Senhora de La Vang, Vietnã"
Eles alertaram que sua saúde está se deteriorando a uma velocidade alarmante, especialmente sua saúde mental; algo que eles suspeitam estar sendo feito para levá-la, como sua mãe, ao suicídio.

Uma missa realizada na Igreja do Santíssimo Redentor, em Saigon, com orações especiais de leitura para os blogueiros detidos, reuniu milhares de cristãos e não-cristãos.

Ela visava oferecer apoio moral e orações a todos aqueles que se encontram presos por exercerem sua liberdade de expressão.

De acordo com a Human Rights Watch, 40 blogueiros, dissidentes e ativistas foram condenados no Vietnã em 2012. Entre eles, ao menos 18 foram acusados de "realizar propaganda contra o Estado", nos termos do artigo 88.

O vídeo filmado clandestinamente e apresentado embaixo apresenta as ruas vizinhas do tribunal sob inusual proteção policial.

São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Verdade: a autêntica vítima

Autor: Edson   |   23:02   2 comentários


José Sepúlveda (*)

Seis homens palestinos, suspeitos de colaborar com Israel, foram sumariamente executados em público, no centro da cidade de Gaza. A turba festejou pelas ruas o ato de barbárie e alguns militantes arrastaram o cadáver de uma das vítimas, como se vê nesta fotografia (acima) da AFP, estampada em grandes jornais pelo mundo no dia de hoje (21.Nov.2012).

Após dois tiros, uma das vítimas ainda se mexia e acabou sendo morta a socos e pontapés. Muitos filmavam a cena com celulares, enquanto crianças se aproximavam para ver os cadáveres mutilados, informa o enviado da Folha de S. Paulo a Gaza, testemunha ocular do ocorrido.

Vítimas civis

Aguardemos as reações. Será que os grandes defensores do “humanitarismo” serão imparciais e condenarão esse ato tão vil? Eles estão sempre de prontidão, quando Israel se defende de ataques a seu território ou quando responde a atentados terroristas, para falar e apresentar ao mundo as vítimas civis inocentes.

Por que só civis e crianças palestinas são dignas de piedade? Será que os alvos civis israelenses do terrorismo islâmico palestino (sejam eles adultos ou crianças) são alvos legítimos e não merecem os sentimentos “humanitários”?

Inocentes úteis

Lamento constatar que muitos ingênuos (pessoas de boa vontade) se deixam envolver por uma propaganda insidiosa, que tenta justificar o terrorismo de fundo islâmico como uma causa nobre de “oprimidos”. Quem pode confundir os militantes da causa palestina (muitas vezes um eufemismo para terroristas) com o povo palestino? Afinal esta foto é bem reveladora do modo como essa gente trata seu próprio povo.

Por que não se diz que o Hamas tem por costume – covarde – instalar seus postos de comando militar em meio a instalações civis, para que, necessariamente, qualquer ataque contra tais postos gere baixas civis, que alimentem a propaganda “anti-imperialista”? Será que a “justiça popular”, cruel e arbitrária, exercida contra irmãos palestinos é o ideal de civilização e de humanitarismo do Hamas e de seus apoiantes?

Não se enganem, é para este tipo de barbárie político-institucional – estampada na fotografia – de Estados sem-lei, ou sujeitos às arbitrariedades da sharia, que nos pretendem encaminhar as minorias islâmicas radicais que tentam controlar o Oriente Médio, inclusive a Palestina.

Afinal, que motivo leva militantes de esquerda pelo mundo afora – adeptos de regimes comunistas que executaram milhões de seus próprios compatriotas – a serem os grandes propagandistas e defensores destas minorias radicais que procuram confundir-se com o povo palestino?

Espero em breve escrever um artigo sobre este assunto e tenho a certeza de que muitos ingênuos e inocentes úteis, que fazem coro à chamada “causa palestina”, serão surpreendidos pela inspiração religiosa e ideológica, pela prática política e pelos métodos de grupos como o Hamas ou a Al-Fatah. As minhas fontes não serão israelenses, mas fontes insuspeitas dos próprios grupos em questão.

A primeira vítima desta gente é o próprio povo palestino. A segunda, a verdade!

__________
(*) Blog Radar da Mídia

São Paulo, quinta-feira, 6 de setembro de 2012

As “conversações exploratórias” de paz: Desmobilização da Narcoguerrilha ou da Colômbia?

Autor: Helio Dias Viana   |   10:23   5 comentários



Enquanto heroicos militares são encarcerados, o atual governo colombiano, encenando o papel de Kerensky, abre as portas para sanguinários terroristas

As recém-anunciadas “conversações exploratórias” governamentais com a narcoguerrilha — inauguradas oficialmente no dia 4 de setembro de 2012 com inaudita cobertura publicitária — vêm se revelando uma ofensiva psicológica de desmobilização da opinião pública colombiana para fazê-la aceitar reivindicações da narcoguerrilha nas quais estão previstas, entre outras coisas, a Reforma Agrária e a inserção dos chefes guerrilheiros na vida política do País.

Ou seja, enquanto os colombianos injusta e covardemente agredidos desejam com toda razão a paz, os guerrilheiros se servem das conversações em torno desta para obterem concessões e vantagens que os levem à conquista do Poder que as armas não lhes deram. Facilitando-lhes esse jogo — e contrariando a transparência que deve existir numa nação democrática com 45 milhões de habitantes — o governo da Colômbia promoveu em Cuba 30 reuniões secretas com os líderes das Farc, que não possuem sequer 10 mil homens! A pergunta que fica é: já não estará tudo combinado e negociado, e o que acontecer a partir de Oslo não será apenas um show “para inglês ver”?

Para nos darmos conta do cenário em que as referidas conversações se movem e alguns de seus atores, temos primeiramente Cuba, com seus dois ditadores sanguinários que tentaram inúmeras vezes implantar o comunismo na Colômbia; e depois a Venezuela, com o conhecido apoio de Hugo Chávez à narcoguerrilha e as ameaças — inclusive bélicas — feitas por ele ao governo colombiano por ocasião da morte do guerrilheiro Raúl Reyes.

Manuel Santos com Chávez e
Raul Castro
Por sua vez, na Noruega — país que se ofereceu como mediador e financiador das conversações —, perfila-se como possível participante das conversações o ex-vice-chanceler Jan Egeland. Atual diretor para a Europa do Human Rights Watch, organização reconhecidamente de esquerda, ele viveu durante muitos anos na Colômbia e atuou como delegado da ONU nas desastrosas negociações de paz de El Caguán, um ‘santuário’ de 42.000 km2, destinado pelo governo de Andrés Pastrana à guerrilha, no qual o Exército estava proibido de entrar.

Esse ambiente filocomunista em torno das conversações de paz está também presente internamente na Colômbia. Após 14 anos, membros do Partido Comunista estiveram no Palácio de Nariño, sede do governo, para oferecer sua colaboração ao presidente Santos. Idêntica colaboração lhe foi oferecida por Gustavo Petro, ex-terrorista e atual prefeito de Bogotá, entusiasta da iniciativa presidencial e que por experiência própria sabe quão maiores são as vantagens auferidas pela guerrilha com a política que com as armas.

Um “Kerensky colombiano”

Embora o presidente Santos tenha colocado um ou outro colaborador de matiz não esquerdista – inclusive dois generais – na sua iniciativa de paz, este fato não lhe tira a sua extrema gravidade, e de algum modo até contribui para tranqüilizar a população. Ademais, como colocar ao lado de pessoas dessas uma ex-senadora Piedad Córdoba, que embora não figure como participante oficial nas negociações já se anunciou que terá papel relevante no resultado das mesmas? Como dirigente das “Marchas Patrióticas”, uma espécie de MST colombiano, ela tem conhecidos nexos com as Farc e recentemente incitou os índios do Cauca a se insurgirem contra o governo.

Também notório é o papel a ser desempenhado pelo ex-sindicalista Luis Eduardo Garzón. Prefeito de Bogotá de 2004 a 2007 pelo partido de esquerda Polo Democrático — ao qual pertencia o atual prefeito —, Lucho Garzón já havia participado em conversações de paz com as guerrilhas em Mainz, na Alemanha, no ano de 1997. Essas conversações foram cercadas do maior sigilo e contaram com o apoio das Conferências Episcopais da Alemanha e da Colômbia. Lucho foi agora nomeado Ministro Extraordinário da Mobilização e Diálogos Sociais. Em entrevista concedida à jornalista Maria Isabel Rueda (“El Tiempo”, 3-9-12), ele reconhece não mais existir oxigênio para a luta armada e que atualmente a palavra é mais importante do que as armas.

Fica-se com a forte impressão de que, se as atuais conversações obtiverem o que foi anunciado, depois delas a Colômbia não será a mesma. E se o presidente Santos não puder realizar todas as reformas exigidas pela narcoguerrilha, ele está em todo caso preparando o caminho para que um próximo governo as faça. Um governo com ex-guerrilheiros ocupando cargos políticos diversos, e fazendo através da legislação o que não conseguem alcançar por meio das armas. Com isso Juan Manuel Santos estará representando na Colômbia o papel desempenhado por Kerensky na Rússia pré-comunista, e poderá passar para a História como sendo o “Kerensky colombiano”.

Heroicos militares presos, terroristas livres

Timochenko, líder máximo das Farc.
Por sua vez, a opinião pública acompanha com apreensão os acontecimentos. Ela vê de um lado as Farc — apoiadas por Cuba e pela Venezuela — serem tratadas como amigas, e de outro lado inúmeros militares sendo condenados a altas penas de prisão, frequentemente com base em testemunhas falsas. Segundo informa a já citada jornalista Maria Isabel Rueda no artigo “Ordem na casa” (“El Tiempo”, 2-9-12), “cerca de 17.000 militares colombianos estão atualmente condenados ou detidos”. Sim, dezessete mil! Ou seja, o número de militares nessa situação é o dobro do contingente de guerrilheiros das Farc, estimados em 8.500!

A mais recente condenação, a 25 anos de prisão, foi a do general Rito Alejo del Río. Embora o próprio juiz tenha reconhecido que ele não cometeu crime, condenou-o sob a alegação de que o general não protegeu um camponês que foi morto por paramilitares na imensa área sob a sua jurisdição! Cumpre lembrar que Del Río, preso há mais de quatro anos, fora destituído do comando de sua brigada pelo ex-presidente Andrés Pastrana por exigência das Farc como condição para as conversações de paz de El Caguán! Apesar de preso, o general continua a incutir medo aos guerrilheiros. ‘Timochenko’, líder máximo das Farc, o atacou no discurso que pronunciou no dia 4 de setembro em Havana, pouco depois de o presidente Santos ter anunciado o início das negociações.

Outro herói nacional em análoga situação é o famoso coronel Plazas. Ele se celebrizou quando em 9 de novembro de 1985 entrou com seus tanques no Palácio de Justiça ocupado por terroristas que queriam pôr a Colômbia de joelhos. Como não o conseguiram, atearam fogo ao Palácio. Enquanto remanescentes ou seguidores desses inimigos da Nação ocupam hoje prestigiosos cargos públicos, o coronel foi condenado a 20 anos de prisão, com base em uma testemunha que se provou ter sido falsa.

“Operación Jaque” (xeque-mate)
O genial cérebro da famosa “Operación Jaque” (xeque-mate) — a qual, sem disparar um só tiro, libertou Ingrid Bittencourt, três norte-americanos e onze soldados colombianos — pode ser hoje visto no pátio da prisão militar onde está confinado. Só que transformado em “major-padeiro”, vendendo seus pães... Não espantaria se a causa de sua condenção tiver sido por enganar a “boa fé” dos guerrilheiros fazendo-os embarcar em avião do Exército ostentando o emblema da Cruz Vermelha... É assim que trata os seus heróis um governo tão solícito em negociar com terroristas assassinos prenhes das mais sinistras intenções!
Mais escandaloso, por fim, é o caso do general Jaime Uzcátegui. Encontra-se preso há treze anos, tendo sido condenado a uma pena de 40 anos por um crime cometido por paramilitares em uma área que nem sequer era de sua jurisdição!

Teologia da Libertação — o vergonhoso papel da esquerda “católica”

Pe. Javier Giraldo se diz
continuador da obra do
ex-guerrilheiro Pe. Camilo Torres
Infelizmente esta é a situação. Enquanto nas relações do governo com a narcoguerrilha reinam a confiança e o desejo de acordo, a ponto de ambos declararem que não se levantarão da mesa de negociações enquanto a paz não tiver sido selada (satisfazendo a guerrilha, entre outras coisas, com uma Reforma Agrária socialista e com preciosos privilégios políticos, como já assinalamos), em relação aos militares rondam a suspicácia, a animadversão e a prisão!

Diante de tudo isso, a Conferência Episcopal mais uma vez sai à frente... para apoiar a temerária iniciativa presidencial de negociação com a narcoguerrilha. No que ela é superada somente por alguns sacerdotes jesuítas, entre os quais se destaca o padre Javier Giraldo Moreno. Há quarenta anos à frente do Centro de Investigação e Educação Popular — CINEP, um think tank da “Teologia da Libertação”, o padre Giraldo é um dos principais inimigos dos militares e não oculta sua simpatia pelo regime comunista cubano. Vejamos a seguinte notícia, publicada em 15 de agosto de 2012:

“O padre Giraldo celebrou os 86 anos de Fidel Castro — O padre jesuíta Javier Giraldo juntou-se a vários colombianos para celebrar o aniversário número 86 de Fidel Castro no auditório da Associação Distrital de Educadores de Bogotá (ADE). O defensor dos Direitos Humanos celebrou uma eucaristia ambientada com a bandeira de Cuba e imagens do líder. Assistiram funcionários da Prefeitura e diplomatas da embaixada de Cuba na Colômbia” (http://www.kienyke.com/confidencias/el-padre-giraldo-celebro-los-86-anos-de-fidel-castro/).

Esse grande admirador, não de Santo Inácio de Loyola, mas de Fidel Castro, o é também do ex-guerrilheiro padre Camilo Torres, de cuja obra se diz continuador. No tocante à superioridade da luta ideológica sobre a bélica, ele pensa, aliás, do mesmo modo que aqueles que querem trazer para essa arena os hoje enfraquecidos líderes guerrilheiros. Sob o título “O polêmico Padre Javier Giraldo”, ele é assim descrito no site do CINEP:

“Desde aquele encontro distante [com o padre Camilo Torres], o padre Giraldo soube que sua vida estaria dedicada a defender os oprimidos. Como todos os colombianos da época, viveu a incerteza de não saber o que havia acontecido ao desaparecer Torres da cena pública, em dezembro de 1965, até quando se soube em janeiro do ano seguinte, que havia ingressado no ELN [Exército de Libertação Nacional]. Em 16 de fevereiro desse ano morreu em seu primeiro combate. Javier entendeu desde então que continuaria sua obra, mas por um caminho diferente do das armas. Seguiria os passos dos padres de Golconda, de monsenhor Valencia Cano e de tantos outros comprometidos com a Teologia da Libertação”.

Quanto ao alcance dessa via de pacificação, cumpre recordar aqui o que José Dirceu certa vez escreveu como tendo ouvido de Fidel Castro: o ditador disse que teria evitado muitos erros, se no início da revolução cubana tivesse conhecido a “Teologia da Libertação”.

No momento em que a Rússia fala em reinstalar bases militares em Cuba e o câncer bolivariano deita metástases no Continente, a Colômbia está numa encruzilhada: ou continua fiel às suas tradições católicas e enfrenta a narcoguerrilha, ou se deixa manipular por sinistros complôs orquestrados sob o bafejo de Cuba, da Venezuela e da “Teologia da Libertação” para empurrá-la à situação em que hoje gemem os países dominados pela tirania comunista.

São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2012

Quais são mais felizes: os “avançados” ou os conservadores?

Autor: Edson   |   11:00   Seja o primeiro a comentar

Leo Daniele

Como todos sabem, os americanos dividem suas preferências entre duas forças, os republicanos (conservadores), e os democratas (moderadamente esquerdistas). Arthur C. Brooks, conhecido jornalista do New York Times, o mais prestigioso jornal americano, lança uma pergunta bastante inusual e um pouco surpreendente: qual dos dois públicos é mais feliz? O conservador ou o moderadamente esquerdista?

A resposta poderá parecer simples, afirma o autor: “Afinal, existe toda uma literatura acadêmica no campo das ciências sociais que mostra os conservadores como indivíduos autoritários, dogmáticos, incapazes de tolerar a ambiguidade, preocupados com as ameaças e os prejuízos, com baixa autoestima e pouco à vontade com pensamentos complexos”.

Mas não é como parece ao geral dos pesquisadores. “Estudiosos, tanto à direita quanto à esquerda, analisaram exaustivamente a questão e chegaram a um consenso: os conservadores são mais propensos à felicidade. E muitos dados o confirmam”.

Por que isto é assim? O autor menciona como um dos fatores o casamento. “Casamento e felicidade caminham juntos. Se duas pessoas pertencem à mesma faixa demográfica, mas uma é casada e a outra não, a pessoa casada terá 18 % mais probabilidades de afirmar que está mais feliz do que a pessoa não casada.”

Outro fator mencionado é a religião. “Os conservadores que praticam uma religião são mais numerosos do que os liberais religiosos nos EUA, na proporção de quase quatro para um”. É claro que ficaríamos mais contentes quando se trate da verdadeira religião.

Entra em pauta o problema do igualitarismo: “É possível que os liberais sejam menos felizes do que os conservadores porque estão menos preparados, do ponto de vista ideológico, a racionalizar o grau de desigualdade existente na sociedade”, afirmam Jaime Napier e Jon Jost, psicólogos de Nova York, na revista Psychological Science.

Os conservadores de fato entendem o sistema da livre iniciativa de um ponto de vista mais positivo do que os liberais. O igualitarismo não traz felicidade.

“Os liberais veem mais provavelmente as pessoas como vítimas das circunstâncias e da opressão – e duvidam que os indivíduos consigam ascender sem a ajuda do governo. Minha própria análise usando os dados da pesquisa de 2005 da Syracuse University mostra que cerca de 90% dos conservadores concordam que ‘embora as pessoas possam começar a vida com oportunidades diferentes, o trabalho duro e a perseverança em geral farão com que superem essas desvantagens’”.

A essa altura, entra o problema da moderação como fonte de felicidade. Pois, dirá alguém, é evidente que a moderação política traz o bem estar. “Os moderados do ponto de vista político devem ser mais felizes do que os extremistas, pelo menos é o que sempre me pareceu. [...] Mas isso está errado. Os radicais são mais felizes do que os politicamente moderados. Corrigindo o conceito em termos de renda, educação, idade, raça, situação familiar e religião, os americanos mais felizes são aqueles que afirmam serem “extremamente conservadores” (48% muito felizes) ou “extremamente liberais” (35%). Todos os outros são menos felizes, sendo que a porcentagem mais baixa é a dos “moderados” de centro (26%)”.

E no Brasil? Há algo assim? Ficará mais claro se, em vez de nos compararmos com um homem do caos contemporâneo, o fizermos com um brasileiro do início do século XX ‒ por exemplo um fazendeiro.

Afirma Dr. Plinio:

“Não há nele as tais ânsias, os tais delírios, as tais inquietações, as tais agitações que o homem de hoje tem. Os episódios da vida de um homem assim procedem da calma, detém a calma e mantém no homem a calma. Conduzem o indivíduo a uma sensação de harmonia, de equilíbrio, de abastança, que faz com que ele se sinta seguro e tranquilo sobre si mesmo. Sabe inclusive que há outros que são mais do que ele. Mas se sente tranquilo de ser o que é. E é qualquer coisa” (Conferência em 28-3-72).

Ele tinha a felicidade de sua situação. Uma felicidade que não se apoiava no prazer, a não ser ocasionalmente, mas era verdadeira felicidade. Ao contrário da felicidade que se apoia exclusivamente no prazer, e não é a verdadeira felicidade.

Haverá no Brasil de hoje resíduos deste tipo de felicidade? É a pergunta.

São Paulo, segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Torre de Babel das Américas

Autor: Helio Dias Viana   |   17:04   Seja o primeiro a comentar



A bela cidade de Cartagena, na Colômbia, fortemente impregnada pela influência da arquitetura colonial espanhola de Felipe II, foi palco de um evento patrocinado pela OEA – a VI Cúpula das Américas, que reuniu 31 chefes de Estado entre os dias 14 e 15 de abril de 2012.

Brilharam pela ausência, além de Hugo Chávez, em tratamento de câncer no “paraíso” cubano, seus colegas ideológicos Rafael Correa, do Equador, e Daniel Ortega, da Nicarágua, estes dois últimos em solidariedade com Cuba, que não tem assento no evento.

Quem queira encontrar uma metáfora para exprimir o que se passou em Cartagena, cujo lema era “Conectando as Américas: Sócios para a prosperidade”, nada mais adequado que a da Torre de Babel, pois só houve desencontros.

Na foto final da IV Cúpula das Américas, realizada em 2005, todos usavam paletó e gravata, e na V (2009),
as únicas exceções foram Hugo Chávez, Evo Morales e Daniel Ortega
Pequeno detalhe. Se houver uma próxima Cúpula “para a prosperidade” – o que não é certo –, não se sabe sequer como estarão vestidos os homens. Pois se na foto final da IV, realizada em 2005, todos usavam paletó e gravata, e na V (2009), as únicas exceções foram Hugo Chávez, Evo Morales e Daniel Ortega, na de 2012 apenas sete presidentes usavam paletó e gravata, enquanto o dobro estava simplesmente de camisa.

Ainda neste sentido, a VI Cúpula iniciou-se com uma partida de futebol. Não se sabe se houve paralelamente uma de vôlei para as mulheres ou se estas resolveram engrossar os times dos homens, pois hoje em dia tudo é possível. Mas a Cúpula propriamente dita – para a qual deveria pelo menos ter sido recomendado aos chefes de Estado um traje condigno – foi inaugurada pelo socialista chileno José Manuel Insulza, secretário-geral da OEA, seguida da execução do hino nacional do país anfitrião por uma cantora popular colombiana.

Quanto aos principais temas debatidos, não houve consenso, pois apesar de serem 31 os países representados, prevaleceu a opinião daquele que muitos teimam em dizer que estaria a ponto de ser superado pelo Brics: os EUA. Assim, ao se exigir do esquerdista Obama em ano eleitoral a inclusão de Cuba na próxima Cúpula, a legalização das drogas, e ainda o reconhecimento de que as Malvinas pertencem à Argentina, a resposta foi um peremptório não. E tudo “ficou como dantes no quartel de Abrantes”.

A presidente Cristina Kirchner voltou para a Argentina antes da hora, apressada talvez em assinar o decreto de desapropriação da empresa petrolífera espanhola Repsol, ampliando assim a briga que já mantém com a
Inglaterra a propósito das Malvinas e atraindo a antipatia, não só desses dois países, mas de todo o bloco da União Europeia. Também sem explicar o motivo, a presidente Dilma cancelou a reunião que tinha marcada com o presidente colombiano Juan Manuel Santos.

A VI Cúpula terminou sem uma declaração conjunta e com a possibilidade de não ter sequência, pois a presença de Cuba (sócia pouco crível para a prosperidade) foi condição sine qua non posta pela maioria dos chefes de Estado para haver outras. O evento foi ainda obscurecido pelo escândalo perpetrado por membros da equipe de segurança do presidente Obama, que apesar de não estarem em Brasília, ignoravam que também lá havia caseiro.

São Paulo, quarta-feira, 4 de abril de 2012

Frases de Fidel Castro que ninguém comenta

Autor: Edson   |   10:59   Seja o primeiro a comentar

O Memorial cubano em Miami, Florida: Cada cruz tem o nome de uma vítima do genocídio de Fidel Castro contra o povo cubano.
"Sei que vou para o inferno"

Fidel Castro, ex-aluno de jesuítas, em outubro de 1994, disse a seguinte frase durante sua entrevista a Jean Luc Mano, diretor de informações de uma rede de televisão francesa e transcrita pela revista Paris Match:  "Eu irei para o inferno, e sei que o calor ali será insuportável... E lá chegando, encontrarei Marx, Engels, Lênin. E também encontrarei você, porque os capitalistas também vão para o inferno, sobretudo se desejam gozar a vida" (Cfr. Castro Discusses Domestic Issues, Rafters, os negritos são nossos).

“Faremos apóstatas, milhares de apóstatas”

Como afirma o ex-embaixador dos EUA ante a Comissão de Direitos Humanos da ONU, Armando Valladres, Fidel Castro é um "assassino de corpos e de almas". O ditador cubano fuzilou dezenas de jovens católicos que morreram como mártires proclamando “Viva Cristo Rei! Abaixo o comunismo!”.

Mas por uma questão estratégica o ditador comunista mudou de rumo e traçou uma maquiavélica retificação. Em um discurso na Universidad de La Habana, afirmou: “Não cairemos no erro histórico de semear a estrada de mártires cristãos, pois bem sabemos que foi precisamente o martírio o que deu força à Igreja. Nós faremos apóstatas, milhares de apóstatas” (cfr. Juan Clark, “Cuba: mito y realidad”, Ediciones Saeta, Miami-Caracas, 1a. ed., 1990, pp. 358 y 658. Os negritos são nossos).

Fidel Castro interroga fazendeiro antes de executá-lo. A mulher atrás de
Castro é Celia Sánchez e, sentado ao lado dele, está Camilo Cienfuegos.

São Paulo, segunda-feira, 2 de abril de 2012

De Henrique IV a Raúl Castro

Autor: Helio Dias Viana   |   16:19   Seja o primeiro a comentar

Na esteira dos acontecimentos relacionados com a recente visita de Bento XVI a Cuba, a imprensa noticiou que em atendimento a um pedido do Sumo Pontífice, o regime comunista e ateu de Cuba decidiu decretar que a próxima Sexta-Feira Santa será feriado na ilha-prisão.

Para quem conhece a índole do regime comunista, negador de todos os Mandamentos do Decálogo e da Lei Natural, essa concessão do tirano Raul Castro nos remete ao fato histórico sucedido em 25 de julho de 1593, quando o rei calvinista Henrique IV, para fazer-se aceitar pelos católicos franceses, teria se “convertido” por segunda vez ao catolicismo, afirmando: “Paris vale bem uma Missa”.

Em fidelidade não só às raízes igualitárias herdadas do protestantismo, mas também às táticas que os fautores do erro costumam usar ao longo da História para conseguirem prevalecer, Raul Castro bem poderia agora dizer: “Cuba vale bem uma Sexta-Feira Santa”.

E enquanto nesta nossa “civilização da imagem” as palavras que Bento XVI pronunciou sobre Cuba tenderão a cair no olvido, o mesmo não sucederá com as suas vistosas fotografias com Raul e Fidel Castro, as quais, negadas aos dissidentes, que queriam posar ao lado do Sumo Pontífice, continuarão sendo exploradas largamente pela propaganda comunista para impressionar em seu favor o infinito número de estultos que imaginam que a essência do comunismo mudou ou pode algum dia mudar.

São Paulo, sábado, 31 de março de 2012

Azares do governo Dilma

Autor: Helio Dias Viana   |   16:28   1 comentário

Apenas três fatos recentes.

Há poucos meses, quando Dilma foi participar de uma reunião do Mercosul no Uruguai, um jovem assessor econômico da presidente Cristina Kirchner foi encontrado morto no guarda-roupa de seu apartamento, no mesmo hotel onde se realizava a reunião. Cristina Kirchner sentiu-se mal e teve de receber atendimento  médico. Pode-se imaginar o clima reinante no restante da reunião.

Recentemente, na Alemanha, um fato pequeno mas intrigante: enquanto a presidente Dilma dava uma entrevista no saguão do hotel onde se realizaria uma importante reunião sobre assuntos econômicos, uma peça metálica lhe caiu sobre o pé, arrancando-lhe um grito lancinante. Por que justo naquele momento e naquele pé, diante de milhões de telespectadores?

Agora ela vai à Índia para uma reunião do Brics e se depara com a cena aparecida em todos os jornais: um tibetano que em Nova Delhi ateia fogo à própria roupa a fim de protestar pela presença do ditador chinês à reunião e exigir liberdade para o Tibet. Levado a um hospital, ele morreu um dia depois.

Coincidências? Fica a cargo do leitor levantar hipóteses.

São Paulo, terça-feira, 27 de março de 2012

O Papa, uma oportunidade única para a nova Cuba

Autor: Helio Dias Viana   |   11:18   1 comentário

Médico Oscar Biscet,
preso em 1998 por
palestrar em defesa
do direito à vida.
O jornal madrilense de orientação socialista El País, a cujo correspondente em Roma foi negado visto para cobrir a viagem de Bento XVI a Cuba, estampou na sua edição online de ontem, 26-03-2012, o artigo abaixo, que julgo oportuno reproduzir na íntegra, responsabilizando-me pela tradução do mesmo.

TRIBUNA
O Papa, uma oportunidade única para a nova Cuba

A presença do Papa Bento XVI representa uma oportunidade única para que o povo cubano se manifeste e exerça pressão sobre a tirania

OSCAR ELÍAS BISCET, “El País”, Madrid, 26 de março de 2012

O Papa Bento XVI chega hoje a Cuba. Trata-se da primeira visita papal a meu país em mais de uma década. Nestes dias Sua Santidade se reunirá com os dois irmãos Castro e seus subordinados, além de trazer uma mensagem espiritual ao povo cubano.

Muitos são os fatores que entrarão em jogo. É uma oportunidade única para que o líder da Igreja Católica use seu prestígio e influência em apoio dos oprimidos e ajude o povo cubano a conquistar sua liberdade e estabelecer a democracia.

Meu país continua estando manejado por um regime brutal que oprime o povo e viola sistematicamente suas liberdades básicas. A ditadura é uma relíquia da Guerra Fria, mas sem uma pressão internacional forte há poucas esperanças de mudança.

Cuba é um Estado policial, no qual os agentes do Governo perseguem e espionam aqueles que defendem os direitos humanos. Os que procuram uma mudança política pacífica são agredidos, detidos e encarcerados arbitrariamente com base em infrações orwellianas, por exemplo, por “falta de respeito para com os símbolos pátrios” ou por “insultar os símbolos da pátria”.

A segurança do Estado vigia de perto a vida diária dos cidadãos e intervém na correspondência, nas ligações telefônicas e nos correios eletrônicos. Não há imprensa livre e o único jornal é o da ditadura. Os jornalistas independentes que desafiam a propaganda estatal são ameaçados e presos.

Nossas reivindicações são simples: respeito à liberdade de expressão, de associação e de reunião, e eleições multipartidárias onde o voto de cada cidadão permita aos cubanos decidir seu futuro.

Os cárceres cubanos são verdadeiros infernos onde existem diariamente violações flagrantes da dignidade humana. Passei 12 anos na prisão. Na última vez fui acusado do que eles chamam de “delitos contra a segurança do Estado”. Meu único “delito” consistiu em solicitar ao Estado cubano que respeitasse os direitos humanos fundamentais de todo cidadão cubano.

O sistema penitenciário de Cuba viola os requisitos mínimos de cuidado dos prisioneiros estabelecidos pelas Nações Unidas. Durante meus anos na prisão, presenciei prisioneiros que eram mantidos até 12 horas e às vezes mais de 24 horas com as mãos algemadas nas costas e os pés acorrentados; prisioneiros nus, sem qualquer respeito ao pudor humano, eram mantidos durante meses em celas sem ventilação, luz natural, água potável ou instalações sanitárias, além do uso de pistolas Taser para torturas físicas e psicológicas. Como forma de retaliação se lhes negava atenção médica.

No meu caso particular, três prisioneiros tentaram assassinar-me em diferentes ocasiões. Dois deles foram contratados por oficiais militares. A perseguição começou na década de 90. Em 1998, numa ocasião em que eu fazia uma apresentação sobre o direito á vida num hospital, uma turba do partido comunista expulsou-me violentamente do recinto. Desde então me foi negado praticar minha profissão de médico. Minha esposa e meu filho foram ameaçados para que me abandonassem e fomos desalojados de nossa casa.

Milhares de cubanos valentes, indiferentes à ameaça da tortura e da morte, fazem frente aos irmãos Castro e exigem seus direitos fundamentais. Suas filas continuam crescendo e eu não estou só nesta luta, mas necessitamos da ajuda da comunidade internacional.

A Primavera Árabe é a demonstração de que é possível a mudança democrática impulsionada pelo povo. Vimos o êxito de movimentos democráticos pacíficos no resto da América Latina e no antigo bloco soviético. Na maioria desses lugares, seu advento teve como resultado a liberdade, a reconciliação nacional e a prosperidade. Podemos obter os mesmos resultados em Cuba e assim o faremos: uma Cuba onde sejamos livres e soberanos. A comunidade internacional tem o dever de ajudar na qualidade de sócia, proporcionando os recursos diplomáticos que nós não podemos reunir a partir de minha pátria.

A visita do Papa é importante porque a Igreja Católica exerceu um papel crucial na expansão e proteção das liberdades cubanas no passado. Minha própria libertação da prisão e a de outros opositores foi negociada principalmente por ela.

Para os que anelamos uma Cuba livre, nossas reivindicações são simples: o respeito à liberdade de expressão, de associação e de reunião, e eleições multipartidárias onde o voto de cada cubano lhe permita decidir sobre seu futuro, num país no qual nenhum cubano seja exilado por suas crenças políticas.

Estes são os blocos de construção de uma Cuba verdadeiramente livre e próspera. A presença do Papa Bento XVI representa uma oportunidade única para que o povo cubano se manifeste e exerça pressão sobre a tirania, para que se realizem eleições livres e multipartidárias e Cuba se una aos países livres e democráticos do mundo. Peço ao Papa Bento XVI que se centre nesta ideia para que ocorra uma mudança rápida em meu país e que possamos viver em liberdade.

São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2012

Arábia Saudita: capital Londres

Autor: Helio Dias Viana   |   11:23   3 comentários

Para o juiz britânico Stephen Sedley, Nadia Eweida (foto) possui uma "agenda sectária" por não atender ao pedido de sua empresa, recusando-se a remover a pequena cruz que portava no pescoço.

Prática de países muçulmanos como a Arábia Saudita, está se estendendo por todo o Ocidente a proibição de símbolos religiosos cristãos. E de tal modo, que de Porto Alegre a Londres a tendência é erradicá-los, primeiro da vida pública e depois dos próprios indivíduos. A prevalecer tal tendência – que mais se parece uma sinistra palavra-de-ordem –, daqui a pouco se estará exigindo a remoção do Cristo Redentor que abençoa e protege o Brasil, ou da bela cruz que encima a coroa da Rainha Elizabeth.

Podemos imaginar como os muçulmanos – cujo número em diversos países da Europa suplantará dentro de mais alguns anos o de europeus – estão esfregando as mãos de contentamento ao verem ex-cristãos destruírem seus próprios símbolos, enquanto eles punem com pena de morte aqueles que em seus respectivos países ousarem fazer o mesmo, ou muito menos, em relação aos símbolos do Islã.

Há mais. Os líderes muçulmanos vêem que o Ocidente destrói não só seus símbolos, mas até os potenciais portadores e cultores deles pela prática do aborto. E sabem ainda que, na busca infrene de prazeres, os ocidentais não só impedem suas crianças de virem ao mundo, mas querem dele expulsar, por obra da eutanásia, esse ‘estorvo’ chamado velhice. Há correntes ambientalistas mais avançadas que não hesitam sequer em propor um genocídio generalizado para salvar o Planeta!

Mas vamos a Londres

Hilary White, correspondente do LifeSiteNews em Roma, escreve no dia 13 de março último: “Os críticos estão dizendo que pela primeira vez o governo britânico se opôs abertamente à liberdade dos cristãos de expressar em público suas crenças. Num caso que foi levado à Corte Europeia dos Direitos Humanos, o governo do primeiro-ministro David Cameron argumentará que nenhum direito protege os cristãos de portarem a cruz ou o crucifixo no trabalho, porque isso não é um aspecto ‘necessário’ de sua religião”.

Citando o jornal “Sunday Telegraph”, White afirma que ministros do Ministério das Relações Exteriores inglês publicaram uma resposta para o caso, dizendo que os patrões poderão despedir os seus empregados que se recusarem a tirar as cruzes.

Trata-se dos casos de Nadia Eweida e Shirley Chaplin, punidas por usarem símbolos religiosos. Ambas entraram com uma ação junto à Corte Europeia dos Direitos Humanos e estão lutando para estabelecer o direito de portarem a cruz no trabalho sem ameaça de medida disciplinar. Elas argumentam que estão amparadas pelo artigo 9 da Convenção Europeia sobre Direitos Humanos, o qual estipula que qualquer pessoa tem o direito de “manifestar pública ou privadamente sua religião ou crença, em culto, ensino, prática e observância”.

O caso de Eweida faz manchete no Reino Unido desde 2006, quando a Britsh Airways exigiu desta sua funcionária que removesse a pequena cruz que portava no pescoço. Ela se opôs e foi colocada de licença não remunerada. Apresentou, então, queixa por discriminação religiosa na Corte de Apelação. Em 2008, além de não dar provimento, o juiz Stephen Sedley ainda acusou Eweida de possuir uma “agenda sectária”. Por sua vez, Shirley Chaplin, enfermeira com 31 anos de prática, recebeu de dois hospitais a ordem de não mais usar no pescoço um pequeno crucifixo. Em 2010, utilizando o mesmo argumento do Ministério das Relações Exteriores, o Tribunal do Trabalho disse a ela que não lhe assistia nenhum direito de trabalhar usando a cruz, porque isso não era um “requerimento” de sua fé. Ela respondeu que estava sendo vítima de uma perseguição “politicamente correta” e lembrou que as muçulmanas podiam trabalhar usando véus, sem ameaça de serem despedidas.

O estrondo resultante da decisão da Britsh Airwahys no caso de Eweida levou a empresa a voltar atrás e mudar as regras relativas ao uniforme, de modo a permitir o uso da cruz. Mas a corte considerou que a Britsh não procedera de modo ilegal e discriminatório, acrescentando que, não podendo ser ocultados, os símbolos de outras religiões são aceitáveis. Ou seja, segundo o “alternative judge” da referida corte, símbolos islâmicos, sim; católicos, não!

A correspondente de LifeSiteNews observa que esses dois casos acontecem num momento de grande tensão entre os cristãos e o Estado, cuja legislação igualitária é cada vez mais citada em casos contra cristãos, levando tanto líderes religiosos altamente colocados quanto parlamentares a alertarem para uma crescente tendência contra o cristianismo na vida pública.

São Paulo, sábado, 24 de março de 2012

A aparência e a realidade

Autor: Helio Dias Viana   |   10:09   2 comentários



Após serem expulsos pela polícia da área particular que haviam invadido em Pinheirinho, São José dos Campos (SP) – fato que ocasionou veementes protestos de diversos políticos petistas e foi objeto de grande cobertura da mídia –, os invasores dizem que agora não têm para onde ir. – “E que lugar merecem esses invasores senão ‘debaixo da ponte’?” – frase que a esquerda adoraria, se pronunciada por alguém da direita. Mas prossigamos. Falando pouco depois à imprensa, um dos líderes do movimento declarou que se não fosse o apoio do PT, de religiosos ligados às Comunidades de Base e à Teologia da Libertação, era mesmo para perder toda a esperança.

(Foto acima: Franklin Reyes/AP)

Na realidade, os desesperançados da foto não são os invasores de Pinheirinho, tão afagados pela esquerda, mas alguns dos treze dissidentes que a polícia de Fidel e Raúl Castro enxotou neste último fim de semana de uma igreja de Havana. Eles fazem parte dos 11 milhões de cubanos que vivem de modo permanente “debaixo da ponte” da miséria a que os relegou o regime comunista e protestavam pacificamente para chamar a atenção da opinião pública mundial ante a iminente visita de Bento XVI à ilha-prisão.

O pedido à polícia foi feito pelo cardeal D. Jaime Ortega, Arcebispo de Havana, sendo os dissidentes conduzidos a uma delegacia, fichados e depois liberados. Em declarações ao “Washington Post”, o líder deles (em destaque na foto), Fred Calderón, declarou que a polícia os tratou com brutalidade, contrariamente ao que foi noticiado.

Seja como for, fica patente o seguinte: no Brasil, até alguns anos atrás, as igrejas do ABC eram gentilmente cedidas para as concentrações de Lula e dos metalúrgicos, que visavam à desestabilização da sociedade; em Cuba, como o regime já é a realização daquilo que Frei Betto e seus comparsas, bem como importantes setores do PT desejavam implantar no Brasil – ou seja, o comunismo –, aqueles que ousam manifestar-se contra ele nas igrejas são expulsos pelo cardeal. Conclusão: cá e lá, a mesma colaboração há.

Em tempo: A situação para as Damas de Branco – opositoras do regime cubano, do qual exigem respeito aos direitos humanos – não está propriamente idêntica às suas vestes. Setenta delas foram presas. As prisões iniciaram-se no sábado, dia 17 e seprolongaram no domingo, quando várias foram detidas pouco depois de saírem de uma igreja onde assistiram à missa. Elas pedem para serem recebidas por Bento XVI, “ainda que seja só por um minuto”, pois do contrário haverá o risco de o Sumo Pontífice encontrar-se apenas com os carcereiros do povo cubano.

São Paulo, terça-feira, 13 de março de 2012

Visita do Papa Bento XVI a Cuba: damas de branco pedem para ser recebidas

Autor: Edson   |   12:06   1 comentário



Vídeo: Damas de branco, movimento constituído por mães e familiares de presos políticos em Cuba, pedem respeitosamente que sejam recebidas por Sua Santidade Bento XVI, por ocasião de sua próxima viagem à ilha cárcere, que ocorrerá no final deste mês.

São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Cerimônia do fechamento da fronteira entre o Paquistão e a Índia

Autor: Edson   |   15:56   Seja o primeiro a comentar



Na cidade de Wagah, Índia, desde 1959, ocorre em todo pôr do sol uma impressionante cerimônia militar por ocasião do fechamento da única fronteira entre o Paquistão e a Índia.

De um lado, os Rangers paquistaneses e do outro os soldados das Forças Indianas de Segurança da Fronteira. Marcha rápida, chutes altos, gestos agressivos e gritos de ordens fazem parte da rotineira coreografia de 45 minutos que termina com o arreamento das bandeiras do Paquistão e da Índia.

O aperto de mão entre os dois oficiais no final foi adotado recentemente, até então ambos apenas trocavam fisionomias agressivas e beligerantes um para o outro. A mudança ocorreu após uma solicitação da Índia. Outras alterações foram recusadas pelo Paquistão.

Assista à trechos da cerimônia no vídeo abaixo. É digno de nota no modo de marchar dos paquistaneses que procuram imitar o movimento de um cavalo.

São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Homenagem a Svetlana Lósifovna, a filha de Stalin que se converteu ao catolicismo

Autor: Edson   |   15:13   Seja o primeiro a comentar


Devido aos trabalhos intensos de janeiro, só agora tive tempo de escrever estas linhas em homenagem a Lana Peters, cujo nome verdadeiro é Svetlana Lósifovna Stálina, que morreu no dia 22 de novembro de 2011, aos 85 anos, solitária em um asilo de Wisconsin, EUA.

Como informa Juan Romero, em sua coluna no site InfoCatolica, Svetlana fugiu da URSS em 1967 com ajuda da CIA. Ela tornou-se greco-ortodoxa antes de se converter ao catolicismo, em 1982. O jornal de esquerda britânico The Tlelegraph diz que Svetlana pensava inclusive em tornar-se freira.

Segue abaixo um relato escrito por Svetlana, em espanhol, sobre sua conversão.

***

Los primeros 36 años que he vivido en el estado ateo de Rusia no han sido del todo una vida sin Dios. Sin embargo, habíamos sido educados por padres ateos, por una escuela secularizada, por toda nuestra sociedad profundamente materialista. De Dios no se hablaba.

Mi abuela paterna, Ekaterina Djugashvili, era una campesina casi iletrada, precozmente viuda, pero que nutría confianza en Dios y en la Iglesia. Muy piadosa y trabajadora, soñaba con hacer de su hijo sobreviviente –mi padre– un sacerdote.

El sueño de mi abuela no se realizó jamás. A los 21 años mi padre abandonó el seminario para siempre.
Mi abuela materna, Olga Allilouieva, nos hablaba gustosamente de Dios: de ella hemos escuchado por vez primera palabras como alma y Dios. Para ella, Dios y el alma eran los fundamentos mismos de la vida.

Agradezco a Dios que ha permitido a mis queridas abuelas que nos transmitiesen las semillas de la fe; si bien eran exteriormente obsequiosas con el nuevo orden de cosas, conservaron profundamente en el corazón su fe en Dios y en Cristo.

Cuando mi hermano murió, mi hijo de 18 años estaba muy enfermo. No quería ir al hospital, a pesar de la insistencia del doctor. Por primera vez en mi vida, a los 36 años, pedí a Dios que lo curara. No conocía ninguna oración, ni siquiera el Padre Nuestro. Pero Dios, que es bueno, no podía dejar de escucharme.

Me escuchó, lo sabía. Después de la curación, un sentimiento intenso de la presencia de Dios me invadió.

Con sorpresa de mi parte, pedí a algunos amigos bautizados que me acompañaran a la iglesia. Dios no sólo me ayudó a encontrarlo, sino deseaba darme mayores gracias. Me hizo conocer al sacerdote más maravilloso que podía encontrar, el P. Nicolás Goloubtzov (1890-1963). Él bautizaba en secreto a los adultos que habían vivido sin fe. Fue también el padre espiritual del P. Alexander Men, que se convirtió en célebre predicador, asesinado en 1990 luego de muchas amenazas de muerte, por las numerosas conversiones que suscitaba entre la juventud en torno suyo.

Yo tenía necesidad de ser instruida sobre los dogmas fundamentales del Cristianismo. Bautizada el 20 de mayo de 1962, tuve el gozo de conocer a Cristo, aunque ignorase casi toda la doctrina cristiana. Desgraciadamente el P. Goloubtzov murió en marzo de 1963.

À esquerda, Stalin, acompanhado pelo
Primeiro Ministro Vyacheslav Molotov,
Nikolai Shvernik, a a jovem
Svetlana em 1937.
Encontré por vez primera en mi vida católicos romanos, en Suiza, cinco años después de mi bautismo en la Iglesia ortodoxa rusa.

Los quince años que transcurrí en América han sido para mí causa de tormentos y de desorientación. Tras el nacimiento de mi hija, fruto de mi matrimonio en EE.UU., pareció que llegaba para mí la posibilidad de una vida normal. Pero pronto sobrevino de nuevo la turbación y la amargura; todo terminó con la separación conyugal.

Durante estos años mi vida religiosa era confusa, como todo el resto. Me encontraba de frente a un cristianismo americano múltiple. Cada denominación me invitaba. Todos me testimoniaban una gran simpatía. Yo tenía necesidad de descubrir lo que era justo en la multiplicidad de confesiones y perdía la noción de lo que yo misma era personalmente y en qué creía. Busqué también en la Ortodoxia la solución de mi búsqueda personal. Las respuestas a mis interrogantes me parecían demasiado abstractas. A pesar de la amistad que había entablado con intelectuales de la Ortodoxia, como la familia Florovsky, mi sed espiritual permanecía insatisfecha.

Un día recibí una carta de un sacerdote católico italiano de Pennsilvania, el P. Garbolino que me invitó a hacer una peregrinación a la Virgen de Fátima, en Portugal, con ocasión del 70º aniversario de las apariciones. En momento no fue posible, pero nuestra correspondencia de amistad duró más de 20 años y me enseñó muchas cosas.

Mediante este intercambio epistolar más de una vez se planteó la cuestión de mi adhesión a la fe católica. Pero la publicidad y el hecho de ser devorada por los medios de comunicación social, me había dado una pésima impresión ya al llegar a los Estados Unidos. Explicar a la luz del día mis sentimientos más personales, mi fe, mis relaciones con Dios, ni siquiera estaba dispuesta a pensarlo. No podía rnás hablar en nombre del pueblo ruso.

En 1969 el P. Garbolino que se encontraba en New Jersey vino a hacerme una visita a Princeton. Yo continué escribiéndole a Pittsburgh. En aquel momento yo era divorciada e infeliz, pero él, como buen sacerdote, siempre encontraba las palabras apropiadas y prometía siempre rezar por mí.

En 1976 encontré en California una pareja de católicos, Rose y Michael Ginciracusa. Viví dos años con ellos. Su piedad discreta y su solicitud hacia mí y mi hija me conmovieron profundamente.

En 1982 partimos para Inglaterra, para permitir que mi hija recibiera una buena educación europea. Mis contactos con los católicos continuaban siempre naturales, calmos y alentadores. La lectura de libros notables como el de Raissa Maritain, contribuyeron a acercarme cada vez más a la Iglesia católica. Y así en un frío día de diciembre, en la fiesta de Santa Lucía, en pleno Adviento, un tiempo litúrgico que siempre he amado, la decisión, esperada por largo tiempo, de entrar en la Iglesia católica, me brotó naturalísima, mientras vivía en Cambridge, Inglaterra. Un amigo católico polaco me condujo al P. Cogglan del Seminario de Allem Halla en Londres. Habían pasado 15 años desde que tomé esta decisión y me confié con el P. Garbolino que había conocido y aparecido en los días en que los medios de comunicación social me turbaban.

Hay una cosa que aprendí por vez primera en los conventos católicos: la bendición de la existencia cotidiana, incluso la más escondida, de cada pequeña acción y del mismo silencio. En general soy felicísima en mi soledad; en la tranquilidad de mi departamento siento en modo vivo la presencia de Cristo.
Han pasado ya 13 años desde 1982, plenos de felicidad. Pero del mismo modo que jamás fui instruida convenientemente en la Iglesia Ortodoxa rusa al ser admitida 30 años atrás, así tampoco he recibido ninguna enseñanza más en la Iglesia católica. He debido aprender todo por cuenta mía leyendo libros que me han pasado amigos católicos o frecuentando asiduamente las librerías.

La diferencia entre la soledad en la Iglesia ortodoxa oriental y aquella en la Iglesia católica me ha parecido bajo esta forma: en la ortodoxia oriental, una confesión raramente es escuchada, generalmente una vez al año por Pascua y sin la discreción que permite el confesionario. Sólo ahora he entendido la gracia maravillosa que nos producen los sacramentos como el de la reconciliación y la comunión ofrecidos no importa qué día del año, e incluso cotidianamente.

Antes me sentía poco dispuesta a perdonar y a arrepentirme, y no fui jamás capaz de amar a mis enemigos. Pero me siento muy distinta de antes, desde que asisto a Misa todos los días. La Eucaristía se ha hecho para mí viva y necesaria. El sacramento de la reconciliación con Dios a quien ofendemos, abandonamos y traicionamos cada día, el sentido de culpa y de tristeza que entonces nos invade: todo esto hace que sea necesario recibirlo con frecuencia.

Por muchos años he creído que la decisión crucial que había tomado de permanecer en el extranjero en 1967 fue una importante etapa en mi vida. Yo iniciaba una vida nueva, me liberaba y progresaba en mi carrera de escritora itinerante. El Padre celestial me ha corregido dulcemente. Fui nuevamente sumergida en una maternidad tardía que debía hacerme presente mi puesto en la vida: un humilde puesto de mujer y de madre. Así, en verdad, fui llevada en los brazos de la Virgen María a quien no tenía la costumbre de invocar, reteniendo que esta devoción fuese cosa de campesinos iletrados como mi abuela georgiana que no tenia otra persona a quien dirigirse. Me desengañé cuando me encontré sola y sin sustento. ¿Quién otro podía ser mi abogado sino la Madre de Jesús? Imprevistamente Ella se me hizo cercana, Ella a quien todas las generaciones llaman Bienaventurada entre las mujeres.

São Paulo, sábado, 4 de fevereiro de 2012

Video: Marcha pela Vida, Paris 2012

Autor: Edson   |   12:55   Seja o primeiro a comentar



Fonte: Blog "Luzes de Esperança"

O apoio à Marcha pela Vida 2012 em Paris não teve precedentes. A “guerra dos números” oscilou entre 7.000 e 40.000, segundo as fontes. Porém, para as estimativas ponderadas, a participação, já nutrida do ano passado, neste ano foi duplicada em número e entusiasmo.

No dia 8 de janeiro, a passeata – composta majoritariamente por jovens – partiu da central Place de la République em direção à Opera, percorrendo famosos bulevares parisienses. Os organizadores aguardam que com a crescente manifestação de força dos defensores da vida, os políticos não finjam ignorar o tema nos debates eleitorais.

São Paulo, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Visão do Inferno (Foto Oficial)

Autor: Edson   |   15:52   9 comentários


São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Putin nocauteado [reage] - Parte II

Autor: Edson   |   16:33   2 comentários



Registramos na semana passada a vaia que o ditador "primeiro-ministro" da Rússia, Vladimir Putin, recebeu do público presente no Olympiyskiy Stadium em Moscou (Cf. Putin nocauteado, 2/12/2011). Aparte: parece que estádios gostam de vaiar demagogos, um vulto de algo parecido no Brasil me vem a memória, mas realmente não me lembro agora.

(Foto acima: Putin "votando" nas "eleições" russas que deram vitória ao seu partido)

As ondas sonoras das vaias do estádio se propagaram e se transformaram nestes dias em imensos protestos nas principais cidades do país depois da comprovada fraude eleitoral do último domingo que deu vitória ao partido Rússia Unida do "primeiro-ministro" e ex-diretor (sem aspas) da KGB.

Bom, mas líderes democráticos como Putin não gostam de oposição e cerca de 600 pessoas já foram presas por participar dos protestos até ontem à noite.

Sobre tais manifestações algumas perguntas surgem automaticamente em nossa cabeça. Quem motivou essas mobilizações de protestos: Pessoas sedentas de justiça? Velhos comunistas que consideram que Putin é muito lento no processo de rebolchevização da Mãe-Rússia e gostariam que as coisas andassem mais rápido? Ou uma reação sadia que os comunistas estão aproveitando para se projetar?

Infelizmente, as notícias no Brasil são insuficientes para responder a essas perguntas com precisão. Mas, em todo caso, Putin foi novamente nocauteado e está estertorando no chão. Único problema é que o juiz é parti pris e os soldados subiram ao ringue. Talvez, com o adversário algemado, Putin possa dar seus golpes para se perpetuar no poder.