Frase

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).
São Paulo, sábado, 18 de maio de 2013

Tempo de luto pela França

Autor: Paulo Roberto Campos   |   17:43   6 comentários



Não poderíamos deixar de registrar com suma tristeza que na França — a “Filha Primogênita da Igreja” — o “casamento” homossexual foi aprovado pelo Parlamento, bem como a adoção de crianças por “casais” do mesmo sexo.

O governo socialista de François Hollande resolveu passar com bulldozer por cima de todas as gigantescas manifestações de famílias inteiras contrárias a tal aprovação. Fato absurdo ocorrido no dia 23 de abril — sem dúvida, um dia negro que mancha a História da França.

Em Paris, os manifestantes favoráveis ao casamento tradicional foram reprimidos violentamente pela força policial por ordem do governo Hollande. Nem mesmo as crianças [como as da foto abaixo] acompanhadas por seus pais foram poupadas. A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo contra as famílias que pacificamente lotaram ruas, avenidas e praças parisienses. [A respeito, assista o vídeo no final]


O presidente socialista declarou que a lei em favor do homossexualismo seria aprovada e ordenou às suas tropas de choque que dispersassem os manifestantes. “El pajarito chiquitito” do qual falou Nicolás Maduro talvez tenha cantado também para Hollande, pois este, agindo no mais puro estilo chavista, poderia ter acrescentado: “Aprovo porque quero, ainda que a maior parte da sociedade francesa seja declaradamente contrária ao ‘casamento’ de homossexuais e à adoção de crianças por eles!”. Declarou também tratar-se de “uma reforma que vai no sentido da evolução de nossa sociedade”. Então, na lógica do mandatário francês, retornar à época de Sodoma e Gomorra é “evolução da sociedade”...

Por sua vez, a ministra da Justiça, Christiane Taubira (principal defensora da lei recém-aprovada) — nascida na Guiana Francesa e ainda parecendo confundir civilização com barbárie — declarou que o “casamento para todos [mesmo de homem com homem e mulher com mulher] é o início de uma nova civilização”. Civilização!! Que bárbara “civilização” é essa que legaliza uma prática antinatural? Que “civilização” é essa que brutalmente reprime até mesmo pacíficas vigílias silenciosas de jovens, de pais, mães e filhos que tinham em suas mãos apenas uma vela como símbolo do protesto?! [foto abaixo] Que “civilização” é essa que sequer permite expressar opinião? [Vídeo abaixo].


Nesse sentido, um só exemplo dessa “nova civilização”: este senhor da foto abaixo, Franck Talleu, pelo simples fato de entrar com sua família num parque público (no belíssimo e famoso “Jardin de Luxembourg”, em Paris) vestindo uma blusa com o símbolo da “Manif pour tous“ (Manifestação para Todos) — um logotipo estampado na blusa que representa uma família, os pais dando as mãos aos filhos — foi preso e teve que pagar fiança para ser solto. Aí temos um vislumbre da “nova civilização” [Taubira], na qual a repressão ditatorial do governo socialista não permite sequer uma camiseta com a estampa de uma família normal, favorecendo, assim, uma “futura civilização” que deseja implantar a ditadura homossexual.
 
O Sr. Franck Talleu, no "Jardin de Louxembourg", sendo preso devido à sua blusa com o símbolo da Manifestaçao contra o "casamento" homossexual e o Boletim de Ocorrência Policial
Entretanto, apesar de tudo, continuam na França as mobilizações das famílias normalmente constituídas, como estabelecido por Deus, em defesa dos valores familiares, mesmo que tendo de se submeter às humilhações impostas pela truculência da repressão policial. São famílias que não admitem serem tachadas de “homofóbicas”, “reacionárias”, "intolerantes" etc., simplesmente por defenderem o direito das crianças a terem um pai e uma mãe. Novas manifestações pacíficas estão sendo organizadas para este mês.


No cartaz a inscrição: "Papa + Maman: y a pas mieux pour un enfant" (Papai + Mamãe: nada melhor para uma criança). À direita, uma senhora com a blusa símbolo da manifestação.
Uma vez aprovada esta lei antinatural, seus opositores pretendem agora lutar no campo jurídico, alegando, por exemplo, que uma simples lei não pode modificar a definição do casamento. Fala-se também em exigir um referendo para saber se a opinião pública francesa deseja ou não tal modificação. Mas os membros do Partido Socialista Francês não querem nem ouvir falar de referendo, pois anteveem uma fragorosa derrota...

Lamentavelmente, apesar de a França levantar-se de modo maciço contra o “casamento” homossexual, a bota do Partido Socialista de François Hollande pisou sobre a instituição familiar, já tão debilitada em nossos dias. Constatamos, uma vez mais, que socialismo e comunismo são “farinha do mesmo saco”, pois ambos desejam o mesmo regime ditatorial e anticristão.

Encerro com uma pergunta: as reações das famílias francesas não seriam sinais da futura conversão da “Douce France” conjecturada pelo grande Papa São Pio X? Com efeito, em 1911, fazendo uma analogia da França com Saulo a caminho de Damasco — quando caiu do cavalo e converteu-se, passando de perseguidor de Cristo (Saulo) a seu Apóstolo (Paulo) —, São Pio X imaginou o seguinte diálogo de Deus com a França:

— “Minha filha, por que me persegues?
— Quem és tu, Senhor?
— Sou Jesus, a Quem persegues... Porque em tua obstinação te arruínas a ti mesma.
— Senhor, que queres que eu faça?
— Levanta-te, lava as manchas que te desfiguraram, desperta em teu seio os sentimentos adormecidos e o pacto da nossa aliança e vai, filha primogênita da Igreja, nação predestinada, vaso de eleição, vai levar, como no passado, meu nome diante de todos os povos e de todos os reis da Terra”.
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6 comentários:

Os franceses elegeram um marxista, agora estão colhendo o fruto do que plantaram. Isto também acontece aqui no nosso Brasil "varonil".

Que Deus tenha pena de seus filhos e esmague a serpente junto com seus filhos!

Junior Ribeiro

Que linda a atitude da França!!!Esperemos que parta de lá uma reação contra a homossexualização da humanidade e se alastre pelo mundo cristão.