Sai um erro, entra outro pior. Assim é a situação do Nepal, país localizado entre a China e a Índia (vide mapa ao lado, arte: Folha Online).
No dia 28 de maio p.p., a Assembléia Constituinte do Nepal, formada em sua maioria por membros da guerrilha maoísta, pôs fim a 239 anos da única monarquia hindu do mundo.
Assim escreve Gilles Lapouge em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo:
"Na capital, Katmandu, célebre quando hippies do mundo inteiro ali chegavam para mendigar, se drogar, se amar e amar as flores, agora as ruas estão decoradas com fotos de um grupo de ressuscitados: Marx, Engels, Mao Tsé-tung, Lenin e Stalin" (Gilles Lapouge, O Estado de São Paulo, 29.5.2008).

O rei hindu deposto, Gyanendra, 60, na dúvida, resolveu consultar astrólogos para saber quando deverá deixar o palácio, pois a Assembléia deu a ele duas semanas para a retirada.
O recurso à astrologia era costume comum da monarquia hinduísta antes de tomar qualquer decisão de Estado.

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Dizem os jornais que a tal Assembléia retirou a monarquia para implantar a república...Alguém acredita que sanguinários maoístas instalarão naquele pobre país uma república nos moldes de democracia representativa? Vai sonhando, vai!
A democracia era para eles apenas uma alternativa para chegar ao poder na Constituinte, agora esqueçam.
Nepal será uma república democrática apenas de nome, estilo "República" "Democrática" da China.
1 comentários:
Como a deusa romana Juno, a China é bifronte. Para o Ocidente tolo e ingênuo, ela mostra o palco das Olimpíadas, os ordinários "produtos chineses" e as benévolas autorizações para um segundo filho dos catastrofados. Para as suas pobres vítimas nepalesas, apresenta Katmandu decorada com as sinistras fotos Marx, Engels, Mao Tsé-tung, Lenin e Stalin. Amanhã, dia 4 de junho, completará 19 anos o massacre na praça da Paz Celestial (Tiananmen) em Pequim. Vamos relembrar o heróico holocausto daquele jovem que interrompeu a passagem dos tanques até ser depois esmagado por eles.
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