Ivan Rafael de Oliveira
(O autor é meu irmão, sim, e daí?)
Duas novas máquinas de falsificar a realidade foram desenvolvidas no Japão, elas prometem deformar virtualmente a cor e o sabor dos alimentos e mesmo produzir sensações de gosto e tatos. Elas foram apresentadas em dois artigos do portal de notícias Terra, nos dias 15 de setembro e 14 de outubro desse ano.
A primeira delas, já pronta e testada, é uma máquina de realidade virtual. Criada pelo professor Michitaka Hirose, da universidade de Tókio, foi apelidada de “Metacookie+”. É uma espécie de capacete que altera virtualmente a cor e o cheiro dos alimentos, isto é, quando o portador da máquina come um biscoito de um sabor, o aparelho capta a imagem e ilude a pessoa a enxergar e sentir o cheiro de um biscoito de outro sabor.
A outra máquina, ainda em desenvolvimento, trabalha impulsos elétricos aplicados diretamente no cérebro. Projetada pelo professor Adrian K. Cheok, da universidade de Keio, ela fará o organismo experimentar sensações de toque e gosto através de meios eletrônicos, como internet e celular. Cheok pretende com seu experimento dar as pessoas sensações de gostos de alimentos como pirulitos, vinhos, biscoitos etc. Mesmo abraços poderiam ser dados via internet e a uma mensagem de texto se acrescentaria um gosto, podendo ser doce ou amargo conforme o que combine.
As duas máquinas são alegadas como “bem intencionadas”. Por exemplo, dar possibilidades de experimentar comidas diversas e aumentar e melhorar o contato de pessoas distantes. Seriam até uns belos brinquedinhos novos para se divertir na internet, que poderiam mesmo servir de ajuda psicológica para diabéticos e pessoas com doenças de pele. Mas será que não poderia estar vindo em anexo a essa mensagem de esperança e progresso um efeito maléfico muito acima de qualquer um desses benefícios pretendidos?
Sarah Lacy, colunista do site Tech Crunch, alerta que essa tecnologia pode trazer sérias complicações, tanto éticas quanto legais. Para ela, é fácil pensar em coisas produtivas para se fazer, mas é também fácil pensar em coisas perigosas, principalmente se tratando da internet. Ela questiona “por que esperar que as coisas vão parar só no abraço?”. Lacy mostra preocupação, sobretudo com as crianças com acesso a internet, relembrando os casos de pedofilia cada vez mais constantes através das redes.
Aproveito para fazer algumas perguntas: Estariam realmente cientes das possibilidades de uso desses equipamentos aqueles que os estão desenvolvendo? Até onde chegariam as hipóteses de uso? Uma pessoa que porte os dois equipamentos ao mesmo tempo até que ponto poderá acreditar naquilo que vê? O que mais poderá ser criado de ilusão para os usuários? Para finalizar, estas máquinas não poderiam ser aplicadas como armas para controlar mentes?
Nátaly Dauer, colunista do site de tecnologia Geek, lembra que “toda nova tecnologia está sujeita a bons e maus usos, vide a física nuclear, responsável por incríveis avanços médicos e científicos, mas também pela bomba atômica.”
Lembro que o modo como os vírus entram em nossos computadores, são em sua maioria, através de falsas propagandas, que nos oferecem aquilo que nos atrai. Mas quando aceitamos a propaganda e se, pior ainda, ignoramos o aviso do nosso antivírus, aí já é tarde!
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Comentário deste blog:
Cabe lembrar aqui aos nossos queridos leitores, o que foi escrito pelo Professor Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro "Revolução e Contra-Revolução" em 1959, os negritos e sublinhados são meus:
"A REDENÇÃO PELA CIÊNCIA E PELA TÉCNICA: A UTOPIA REVOLUCIONÁRIA
"De qualquer maneira, depositando toda a sua confiança no indivíduo considerado isoladamente, nas massas, ou no Estado, é no homem que a Revolução confia. Auto-suficiente pela ciência e pela técnica, pode ele resolver todos os seus problemas, eliminar a dor, a pobreza, a ignorância, a insegurança, enfim tudo aquilo a que chamamos efeito do pecado original ou atual.
"Um mundo em cujo seio as pátrias unificadas numa República Universal não sejam senão denominações geográficas, um mundo sem desigualdades sociais nem econômicas, dirigido pela ciência e pela técnica, pela propaganda e pela psicologia, para realizar, sem o sobrenatural, a felicidade definitiva do homem: eis a utopia para a qual a Revolução nos vai encaminhando.
"Nesse mundo, a Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo nada tem a fazer. Pois o homem terá superado o mal pela ciência e terá transformado a terra em um “céu” tecnicamente delicioso. E pelo prolongamento indefinido da vida esperará vencer um dia a morte." (Parte I, Capítulo XI, item 3)
1 comentários:
Se me permite... achei o tema abordado - pela família Oliveira :) - com a reflexão do Prof. Plinio antecipando os fatos, extremamente interessante. Parabéns a ambos os irmãos!!
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