A névoa cobre o campo de batalha. Separados por 500 metros, frente a frente, não só os exércitos são opostos, mas também a Fé de cada um dos lados.
Os estandartes tremulam. Neles está gravado o brasão do católico Grão-Ducado da Lituânia. Na frente das tropas a cavalaria se posiciona. O frio intenso faz condensar a respiração forte dos cavalos que parecem arder no desejo de serem lançados como uma flecha por cima do adversário.
No extremo oposto, os bárbaros e pagãos tártaros estão a postos para tentar, em vão, conquistar pela força o território que não lhes pertence.
Machados, lanças, o violento trote dos cavalos em ordem de batalha que somente a habilidade dos ginetes os impedem de partir imediatamente para o combate, o som dos soldados armados, tudo faz ver que ninguém tem a mínima vontade de ceder nem de recuar. Mas uma coisa deixa isso muito mais evidente: o olhar penetrante e decidido dos católicos de derramar o próprio sangue para proteger sua Fé e suas casas.
Em homenagem àqueles que deram sua vida pela Fé católica na Europa Oriental – não só vítimas das hordas pagãs ou heréticas, mas também do comunismo pútrido e sanguinário -, segue duas músicas tradicionais da Bielorússia que pertencia historicamente ao Grão-Ducado da Lituânia.
Клецкая бітва (Guerra contra os Tártaros):
Guerra contra os Tártaros
Песнь Монаршэ Вечнэму (Canção ao Eterno Monarca: Narração da determinação dos primeiros católicos na Europa Oriental em manter sua Fé):
Canção ao Eterno Monarca
Detalhe sobre a primeira música:
A letra é um poema de 1582 que narra a vitória, na batalha de Kletsk, ocorrida em 1506, dos polacos-lituanos liderados pelo duque católico Michael Glinski, em apoio ao rei da Polônia, contra os tártaros e russos.
Alexandre, o Jaguelônico, rei polonês e grão-duque da Lituânia, recebeu apoio do papa Júlio II com o obulo de São Pedro e outras ajudas financeiras para auxiliar na luta também contra os cavaleiros teutônicos que pouco tempo depois se tornariam oficialmente protestantes.
Na História da Polônia, a expulsão da Ordem Teutônica - que administrava um bom território polonês - é considerada provindencial pois evitou na época a protestantização daquela região. Graças a isso, hoje, na Polônia, 95% dos habitantes professam a Fé Católica, Apostólica, Romana.
2 comentários:
De onde você tirou essa descrição?
Acho que da minha cabeça. Peço desculpas pela minha falta de experiência literária.
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