No dia 2-7-11, o movimento pró-maconha, “baseado” em equívocos, concentrou cerca de mil pessoas na Av. Paulista para a 1ª Marcha após a liberação concedida pelo STF.
Paulo Roberto Campos
A autorização da "Marcha da Maconha" — um ato ilícito que acaba incentivando o consumo de outros tipos de droga — continua causando muita indignação contra a decisão do STF. E, como veremos, com muita razão.
A aprovação da passeata dos maconheiros — que os traficantes agradecem — fez-me lembrar o que ouvi certa vez: “O problema do Rio de Janeiro é a influência do tráfico; o problema de Brasília é o tráfico de influência...”
Uma senhora mandou-me um e-mail contando que tem um sobrinho “viciado na maconha e [que] virou um trapo de gente, não consegue estudar nem trabalhar. Minha irmã fez de tudo para inseri-lo no mercado de trabalho, mas ele não consegue fazer nada; com uma cabeça de fumaça não passa por nenhuma entrevista. Virou um vagabundo, endividado, gasta o dinheiro que não tem para comprar a maldita cannabis”.
Convite para a "Marcha da Maconha" no dia 2 de julho 2011 |
Para auxiliar as famílias com contra-argumentos sólidos e bem fundamentados, vejamos alguns fornecidos pelo Dr. Marcio Sergio Christino, Procurador de Justiça de São Paulo e um dos maiores especialistas brasileiros na área de crime organizado, por ocasião de recente entrevista à “Folha de S. Paulo”.
Para ele, a liberação da maconha contribuirá muitíssimo para o fortalecimento de um grupo: o dos traficantes. Ademais, não diminuirá a violência, muito pelo contrário. Segundo o procurador, a defesa do consumo da maconha favorece o tráfico de droga, pois, aumentando o consumo, aumenta o poder de quem vende o produto, não importando se a venda é de maconha, cocaína, crack, ecstasy ou óxi.
Maconha apreendida pela PM |
Sonho de qualquer traficante é a maconha liberada, diz procurador
Rogério Pagnan
“Folha de S. Paulo”, 29 de junho de 2011
O procurador de Justiça de São Paulo Marcio Sergio Christino, um dos principais especialistas do país em crime organizado, diz que a eventual liberação da maconha no país fortalecerá ainda mais as facções criminosas. Segundo ele, os traficantes poderão usar empresas legais para lavar o dinheiro da venda de outras drogas e ter livre acesso aos usuários.
O assunto voltou a repercutir após o STF decidir que não há impedimento legal às manifestações a favor da descriminalização da maconha.
FOLHA — O que a liberação da maconha poderá provocar?
MARCIO SERGIO CHRISTINO — Se você está dizendo que todos podem consumir, está dizendo que todos podem comprar. Está, então, admitindo que alguém vai ser o fornecedor. Qual é a conseqüência? Você cria um mercado cativo, fixo, sem ter o fornecedor. Isso vai intensificar a venda.
Significa dizer que o tráfico, da forma como existe hoje, vai se fortalecer e se expandir. Porque o traficante que vende a maconha é o mesmo que vende a cocaína, o crack, as outras drogas. Então, na prática, liberar o consumo fortalecerá o tráfico. E todo ele, não apenas o das chamadas drogas leves. Isso é o sonho de consumo de qualquer traficante.
E se houver um controle rigoroso da venda?
Vamos utilizar o modelo holandês? Português? Nenhum deles é compatível com o nosso. São países pequenos e muito distantes dos mercados produtores. Nossa realidade é diferente. Tem muita plantação na região Nordeste, e não conseguimos fazer um controle como eles.
Você só poderia falar em acabar com o tráfico se tivesse uma rede de fornecimento de maconha que permitisse a entrega gratuitamente. Como se destrói o tráfico? São os princípios econômicos. Você vende um produto melhor com um preço mais baixo. O Estado vai assumir esse papel de vender entorpecente por preço mais baixo em larga escala a toda a população? É viável isso? Não num país como o nosso.
Lojas legais poderiam ser utilizadas pelos traficantes?
Eles utilizarão a própria loja que vende maconha para lavar o dinheiro das outras drogas. O traficante vende de tudo, é um princípio de economia. Não é um raciocínio criminoso. É um raciocínio de empresário. Isso é o sonho de qualquer traficante. Vou vender pra caramba, todo mundo vai consumir, consumir não é crime, ninguém vai reprimir e vou vender à vontade.
E a legislação atual?
A nova legislação é esquizofrênica. Devido a alguns critérios de redução de pena, temos a menor pena de tráfico de drogas do mundo. É a velha idéia de que o preso custa caro, de que o tráfico não é visto como crime violento. Nossa legislação quer punir, mas não pune. Quer proteger, mas não protege.
3 comentários:
Olá:), o meu nome é Joana estudo Artes e adorei imenso da tua página! Muito linda sim senhora!
Adequa-se muito bem em tudo aquilo que aqui li.Hoje por vezes há imenso que expressar nos blogs!Nada nada mais satisfatório do que implementar a nossa marca na net!
Até amanhã :)
animal se maconha for liberaba obviamente acabaria o trafico
Sem nocao a maconha e a melhor coisa pra relaxa
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