O blog “Zé Dirceu” — do próprio chefe do petismo e principal réu no processo do “crime do mensalão” — publica um post (22-3-12) sobre a manifestação contra o aborto transcorrida no dia 21 p.p. no centro de São Paulo. (vide: O folheto "PROIBIDO"... agora AUTORIZADO! )
Como o leitor poderá ver no texto abaixo, o “quadrilheiro” José Dirceu faz severas e infundadas críticas à manifestação — uma glória para todos nós! Ser criticado, ou apenas não ser elogiado, por aquele que foi classificado pelo Procurador Geral da República como o “Chefe da Quadrilha” (dos mensaleiros) é um grande favor que ele nos presta. “Lé com lé, cré com cré”...
Soa risível o título do post do Dirceu, “Que está por trás dos movimentos anti-aborto?”, pois a réplica salta aos lábios com uma pergunta: “Quem está por trás do esquema de corrupção que se instalou no governo PT?”. Risível também outra pergunta que ele levanta no post: “Quem financia esse movimento [anti-aborto]?”. — Quem financiou as compras de votos? Proximamente será respondido pelo relator do processo do mensalão, que transita no Supremo Tribunal Federal, pelo Ministro Joaquim Barbosa.
Que está por trás dos movimentos anti-aborto?
Publicado em 22-Mar-2012 (*)
Do blog "Zé Dirceu"
Manifestantes que se apresentam como católicos e são contrários ao aborto retomaram a distribuição do famoso panfleto originalmente distribuído nas eleições de 2010 – e recolhido pela Polícia Federal em pleno segundo turno - no qual se recomenda que os brasileiros "deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto". Claro, o folheto também critica o PT e Dilma Rousseff, à época, candidata à presidência.
Os cerca de 1 milhão de panfletos, apreendidos no auge da campanha eleitoral, foram liberados pela Justiça no ano passado. Assinados pela Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que atua no Estado de São Paulo, tem entre os seus enfáticos apoiadores dom Luiz Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos. Durante as eleições, o religioso foi uma figura ativa, recomendando seus fiéis a não votar em candidatos pró-aborto. A recomendação foi repetida pelo bispo, ontem, em uma manifestação com uma centena de pessoas em frente à catedral da Sé, em São Paulo.
Em nota ele afirma: "Nos atribuíram a 'mentira' de Dilma Vana Rousseff e o PT serem a favor da liberação do aborto. Provamos que o PT e Dilma Rousseff eram e continuam sendo a favor da liberação do aborto". Entre os fiéis que engrossavam o movimento, claro, constavam membros do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, que se inspira nos preceitos da entidade de extrema-direita Tradição, Família e Propriedade, a velha e conhecida TFP.
"Menos pior"
Era possível ler nos cartazes ali empunhados dizeres como "Fora Assassina Ministra Eleonora Menicucci (chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres)”, conhecida por sua posição a favor da descriminalização do aborto. Um desenho de péssimo gosto ainda mostrava um bebê morto por uma estrela vermelha, símbolo do PT, e por uma foice e um martelo, símbolos do comunismo.
Para o autor do texto e coordenador da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, padre Berardo Graz, no entanto, a pré-candidatura do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) – católico atuante - lhe preocupa mais do que a de Fernando Haddad (PT), na disputa pela Prefeitura de São Paulo. “Ele é um oportunista porque quer os votos dos católicos para empurrá-los para decisões que não são conforme a nossa doutrina”, declarou. Já o pré-candidato José Serra (PSDB), seria, na sua concepção, a opção “menos pior”.
Quem financia esse movimento?
A propaganda anti-aborto é só um pretexto para a ex-TFP, uma organização fascista, ressurgir, agora, sob as asas e o patrocínio de setores reacionários da Igreja Católica. A pergunta que fica aqui é: quem a financia?
Vejamos. A quantia é expressiva. Estamos falando de cerca de um milhão de panfletos. A sua publicação foi, de fato, bancada pela regional sul da CNBB, pelo bispo de Guarulhos, pela ex-TFP? Ou será que estamos diante de algum partido e candidato que se esconde - de novo - detrás de setores da Igreja Católica para fazer propaganda contra o PT, contra candidatos como Chalita e a favor, de novo, como em 2010, de José Serra?
Foi o que um dos porta-vozes da pequena e insignificante manifestação não escondeu. Quando misturam a foice e o martelo com a estrela do PT nos seus cartazes não escondem o que pretendem. Querem, como em 1964, implantar um regime de intolerância e autoritário no país. Estão com saudades dos tempos em que a Igreja e o Estado eram uma única coisa e os bens públicos e da igreja idem, com poder de vida e morte sobre os cidadãos.
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(*) http://www.zedirceu.com.br//index.php?option=com_content&task=view&id=14853&Itemid=2
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